Em 1974, um casal apaixonado se encontra no centro de São Paulo para comemorar o aniversário de casamento.E nunca mais são vistos. Ana Rosa e Wilson foram sequestrados pelo Estado. Escrever sobre uma pessoa desaparecida é como revirar escombros. Há que se ter cuidado ao remexer no que sobrou. Porque o desaparecimento é a mais cruel de todas as ausências. A morte, por pior que seja, oferece um ponto final. Mas a pessoa desaparecida permanece muito viva nos cantos remotos da alma de quem sobreviveu a ela. Este livro conta a história de Ana Rosa Kucinski Silva. Casada, professora de Química na USP e uma das 210 pessoas desaparecidas desde a ditadura civil-militar. Cinquenta anos depois, as famílias ainda buscam desesperadamente por respostas em meio ao silêncio imposto pelo regime.